RETROCESSO: Banco Bradesco anuncia encerramento de atividades em Jatobá-PE

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O posto de atendimento da única agência bancária em funcionamento no município de Jatobá, pertencente ao Banco Bradesco, anunciou nesta segunda-feira (07) que encerrará definitivamente suas atividades no próximo dia 10 de abril de 2025. A informação foi divulgada por meio de um comunicado oficial da instituição, surpreendendo moradores, comerciantes e autoridades locais.

Segundo o informe, todos os serviços de atendimento que atualmente são oferecidos na unidade de Jatobá passarão a ser direcionados para a agência do município de Paulo Afonso/BA, cidade vizinha localizada a cerca de 40 km de distância.

Com o fechamento, Jatobá ficará sem qualquer posto ou agência bancária em operação, o que representa um duro golpe para a população, especialmente para aposentados, pequenos empresários, produtores rurais e demais clientes que dependem dos serviços presenciais. A medida também traz impactos diretos para o comércio local, que tende a enfrentar maiores dificuldades nas transações financeiras e na circulação de dinheiro dentro da cidade.

Segundo um morador da cidade, que preferiu não se identificar, uma das principais causas para o encerramento das atividades do Bradesco no município foi a recente decisão da Prefeitura de Jatobá de retirar da gestão do banco parte da folha de pagamento dos servidores municipais. A mudança teria reduzido significativamente a movimentação financeira da agência, bem como a redução do número de contas-salário dos clientes que trabalham na prefeitura, tornando a permanência na cidade inviável para a instituição.

Moradores apontam ainda que a mudança representa um retrocesso, considerando as dificuldades de deslocamento de grande parte da população até outros municípios para resolver questões bancárias simples, como transferências, depósitos e atendimento pessoal.

A saída do Bradesco reforça uma tendência preocupante de desassistência bancária em pequenas cidades do interior, comprometendo o desenvolvimento econômico e social local. Em um momento em que o estímulo ao comércio e à inclusão financeira deveria ser prioridade, a decisão deixa Jatobá mais isolada e vulnerável, ampliando a sensação de abandono por parte de grandes instituições e do poder público local.

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