Por Hieros Vasconcelos Rêgo
Em busca de uma educação de qualidade, segurança e proteção para seus filhos, muitos pais fazem um esforço hercúleo todo ano para custear uma escola particular para a garotada. Em muitos casos, cerca de 50% da renda familiar vai para pagar mensalidades. Embora o poder de compra do brasileiro esteja melhorando a passos lentos, o salário mínimo e a equiparação da renda do trabalhador à inflação ainda estão muito aquém do ideal. Mesmo assim, todo final de segundo semestre, é preciso colocar as contas no papel, pois dentre tantos aumentos, um é certo: o da mensalidade escolar no próximo ano
Na Bahia, as entidades de ensino ainda não bateram o martelo sobre qual será o reajuste em 2024. No entanto, o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Bahia (Sinepe-Ba), Jorge Tadeu disse trabalhar com uma estimativa de uma correção entre 10% a 11% no estado. Se acontecer, será uma correção acima da inflação.
Para o próximo ano, além dos motivos comuns, como manutenção das unidades, custos com trabalhadores, reformas e troca de equipamentos de tecnologia, outro motivo pode colaborar com um aumento fora do normal.
A reforma tributária, caso aprovada com a reivindicação da Frente Parlamentar Pela Educação Particular (FPeduQ) de alíquota única, pode fazer com que as mensalidades subam mais de 20% no país. Até então, conforme levantamento realizado pela empresa de gestão Meira Fernandes, a previsão para 2024 é de que haja um reajuste de 12% a 14% em 97% das escolas particulares.