Ostentando as primeiras colocações dentre os estados mais violentos no País, com células do crime organizado atuando em vários municípios, a Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia tem um grande desafio pela frente: devolver ao cidadão baiano a sensação de segurança, mediante ações de policiamento preventivo e repressivo, com o uso de mais contingentes e de inteligência.
O Atlas da Violência no Brasil, com base nas estatísticas de 2022 – Os números mais recentes – revelaram que a Bahia registrou no período, 45,1 mortes violentas, para cada 100 mil habitantes, sendo a unidade federativa com maior número de casos, o dobro da média registrada no País. Contudo, esses números já mostram uma redução em relação a igual período de 2021, com uma queda de 6,4%.
De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que elaborou o Atlas da Violência no Brasil, o aumento da criminalidade se dá pela disputa entre as diversas facções que controlam o narcotráfico e crime organizado nos estados. Estima-se que pelo menos 10 organizações do crime organizado atuem no Brasil, com predominância atualmente nos estados do Norte e Nordeste. Dops cinco estados mais violentos, segundo o Atlas da Violência, a Bahia aparece em primeiro, seguido de Amazonas, Amapá, Roraima e Pernambuco.
Em resposta ante esse quadro, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia informou que as ações integradas das policias Civil e Militar, resultaram na redução de 6% das mortes violentas em 2023 e de 13%s nos seis primeiros meses de 2024. Em Nota Técnica enviada pela Assessoria de Comunicação, a SSP respondeu a alguns questionamentos feitos pela Tribuna da Bahia:
Tribuna da Bahia – Ante a onda de violência, qual a meta da SSP para mudar esse quadro. Quais os principais desafios?
Secretaria da Segurança Pública – A Secretaria da Segurança Pública destaca que as ações das Forças Policiais e de Bombeiros na Bahia são pautadas pela Integração do esforços, foco no trabalho de Inteligência e na ampliação dos Imvestimentos.
TB – Qual a melhor estratégia, maior efetivo e equipamentos ou mais inteligência para enfrentar o crime organizado?
SSP – Em 2023, com a contratação de 2.500 novos policiais e bombeiros, compra de softwares para investigação e a implantação Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) Bahia, o combate às facções foi reforçado. As mortes violentas apresentaram redução de 6% no estado.
TB – A integração entre Estado, Governo Federal e Guardas Municipais (prefeituras) pode ser um caminho?
SSP – Pouco mais de 6 mil armas foram apreendidas, entre elas 55 fuzis, mais de 12 toneladas de drogas foram retiradas das ruas e cerca de 20 mil criminosos foram capturados, entre eles 54 líderes de facções.
Com informações do Tribuna da Bahia