24 de novembro de 2024

Por Francisco Nery: Dez propostas para destravar Paulo Afonso

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A geografia nos foi pródiga. A Natureza, também. E temos um povo forte enxertado por imigrantes proativos. Falta um destravador. A cidade está montada. Já temos história. Precisamos de um grande salto para a frente. Poderíamos saltar com:

1. Uma grande campanha de revitalização da Bacia do Rio São Francisco que aportaria água suficiente para sonharmos com a Usina Paulo Afonso – V;

2. Atividade turística. Estamos na região do Raso da Catarina, temos história para apresentar e um cânion perfeito entre paredões esplêndidos;

3. Um sistema compreensivo de ciclovias com a consequente criação de empregos;

4. Fomento a atividades náuticas com marketing, incentivos e financiamento. O imenso espelho d’água na região clama por atividades náuticas;

5. Projetos-piloto de agronegócios, piscicultura e culturas irrigadas. Temos água de qualidade abundante e terras agricultáveis;

6. Consolidação do Hospital Nair Alves de Souza como hospital universitário regional;

7. Medidas visando à retenção dos aposentados (número que cresce) beneficiando o meio circulante;

8. Exploração do turismo religioso e da saga do cangaço;

9. Montagem de bicicletas e triciclos de todos os tipos após a implantação do sistema de ciclovias. Quiçá uma planta de montagem de motocicletas que ficaria entre Manaus e São Paulo;

10. A volta do Trem do Imperador com centenas de turistas a bordo.

Poderíamos ainda pensar em grandes projetos de captação de energia solar e eólica (financiamento de) e na possibilidade da criação de consórcios com as cidades do entorno para a realização de tarefas comuns como, por exemplo, o descarte apropriado do lixo, visando ao barateamento dos custos. Lamentável que os nossos gestores não vestem a casaca de fomentador, aquele que encoraja e marcha junto com os investidores.

Sonhar com uma PA-V é fundamental para a confiabilidade no sistema elétrico brasileiro. Embora cerca de 20% da energia gerada no Brasil provenha do sol e do vento, na falta deles é nas hidroelétricas que está a segurança (o sol se põe toda noitinha e o vento nem sempre é constante). Basta termos três grandes hidroelétricas construídas dentro da insanidade do fio d’água. Na falta do sol e do vento, entram em funcionamento as termoelétricas que produzem energia bem mais cara e poluem o meio ambiente, ainda levando em consideração que o pico do consumo se dá exatamente no período do pôr do sol.

Nos últimos anos, incompreensível baixo crescimento do PIB brasileiro, ainda assim por força do crescimento da população. Se a população não estivesse crescendo, teríamos retrocesso com o encolhimento da economia. Se o Brasil estivesse crescendo como os países sérios, seria necessário implantarmos uma Itaipu por ano para gerar a energia necessária ao consumo.

De Raul Seixas, sonho que se sonha junto é realidade!

Francisco Nery Júnior

 

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