O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), aproveitou a última semana de 2023 para apresentar o balanço de seu primeiro ano de gestão para a imprensa e população baiana. A avaliação ocorreu na manhã desta terça-feira (26), durante um café da manhã com jornalistas no Centro de Operações e Inteligência (COI) da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
Na ocasião, o governador trouxe inicialmente o Sistema de Regulação como um dos principais gargalos e problemas enfrentados pela gestão. Jerônimo atribuiu o gargalo da fila de regulação no estado neste ano a não assistência dos municípios no âmbito da atenção básica, com UPAs, UBSs e maternidades municipais.
“A da regulação eu sei que nós estamos amadurecendo um sistema, mas é claro que ninguém aguenta ver pedidos de salvamento de vidas e a gente naquele momento não podia fazer a movimentação de vida. Feira de Santana 70% no recorte feito há uns 15 dias atrás no perfil do atendimento no Hospital Clériston Andrade [o procedimento] não precisava ser feito para o hospital, era para ser feito em uma UPA no UBS e numa Maternidade Municipal seja o que fosse. Não era de responsabilidade de um hospital de média e alta complexidade e por isso engarrafa”, esclareceu Rodrigues.
O governador ainda criticou o tempo levado pela Prefeitura de Salvador na construção de uma Maternidade Municipal.
“Quando o prefeito de Salvador não tem uma Maternidade Municipal é claro que engarrafa o que nós ofertamos. Isso poderia ser um serviço complementar, o que é do município que ele faça é lá que acontece a triagem. O que é do município que ele faça, é lá que acontece a triagem. Às vezes é uma dor de cabeça, às vezes é uma disenteria, que é grave pois todo mundo se preocupa com qualquer situação de saúde, mas não precisava levar para o hospital”, disse.
Jerônimo revelou ainda que para o próximo ano tem o foco e a expectativa de diminuir as demandas do sistema de regulação, com o funcionamento de equipamentos de saúde como o Hospital Ortopédico do estado, além de Policlínicas e consórcios de saúde.
“Então a regulação a minha crença e o nosso trabalho é que a gente possa ver esses órgãos nossos, os equipamentos nossos funcionando no interior para que a gente possa estabilizar a nossa oferta de alguns tipos de serviço. São 200 casos de ortopedia diário de demanda para regulação ou para atendimento. Com o Hospital Ortopédico eu tenho certeza que a gente vai zerar isso nesse ano ou no início do ano que vem. […] Nós temos os consórcios de saúde, as policlínicas são formidáveis, nós não tínhamos a cultura de mulher e homem desse interior da Bahia fazer exame, detectar um câncer ou algo do tipo curar antes cuidar antes e nós estamos vendo isso.
O andamento que ela [as policlínicas] tem dado zera a preocupação de ter que só socorrer alguém quando já está numa fase terminal, é muito triste. Mas eu tenho firmeza que nós haveremos agora isso só faço para baixo tanto com os consórcios, quanto com as prefeituras. A atenção básica tem que ser feita e agora com o presidente Lula colocando recursos para UBS para UPA, eu também colocarei para que os municípios possam ter essa infraestrutura”, completou.
Fonte: Bahia Notícias